Atenção!

"(...) apesar de ter mergulhado de cabeça nesse misterioso mundo das lesões neurológicas e suas possíveis consequências, não sou médica. Tudo o que coloco aqui são impressões e experiências pessoais. (...) Enfim, não sou uma profissional da saúde, apenas uma mãe muito, muito, muito esforçada em início de carreira".



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Loucura, loucura, loucura!

Filho, loucura, loucura, loucura! é o bordão de um apresentador de TV chamado Luciano Huck. Será que ele ainda vai estar na ativa quando você estiver lendo isso? Sei lá... E isso não tem absolutamentamente nada a ver com o que a mamãe vai falar aqui hoje. Foi só uma divagação. Uma coisa assim de uma fase mais relaxada... Por isso mesmo, serei mais palhaça no meu assunto do dia. Já falei, né, que quando estou bobona é sinal de que as coisas estão bem com a gente e aqui na minha cabeça doida toda vida...

E falando em doida... Pois é, mamãe quer compartilhar aqui umas doideiras que volta e meia me pego fazendo.

Hoje mesmo, estava lá eu organizando sua bancada onde trocamos a fralda e guardamos remédios etc, quando parei uma ação no meio. Eu havia pego um dos remédios, o Rivotril, e ia guardá-lo de volta dentro da caixa de remédios. É que costumo deixar do lado de fora os que estão em uso diário e, na caixa, coloco os para emergência ou que foram usados para algo específico e você não está mais tomando. Pois bem, ao olhar para o Rivotril, pensei: 'não precisamos mais dele todos os dias! As crises estão sob controle!' E automaticamente estava indo com ele para dentro da caixa. Mas aí... pensei de novo: 'Ai meu Deus... e se der azar? E se eu estiver sendo precipitada?' Aí, voltei com ele do meio do caminho. Eis que penso novamente: 'que besteira. É bom mesmo deixar isso guardado e longe de nossas vistas'. E abri de novo a caixa. E mais uma vez, minha voz interior se manifesta: 'Adriana, calma. Você já passou por isso antes. Sabe que não pode gerar expectativa...' Fechei a caixa e coloquei o Rivotril de volta na bancada, bem à vista.

Agora, me diz: não é loucura, loucura, loucura!?

É, José... É preciso mesmo muita serenidade, muito apoio, muita luz para não virar uma neurótica em grau muito, muito elevado. Quando se tem uma certa tendência então...

Mas isso, de certo modo, me fez perceber o quanto estou realmente madura como mãe e tal, uma pessoa diferente... mas que eu ainda sou eu.

Explicando: é que antigamente, em meus áureos tempos de adolescente e pré-adulta, eu vivia fazendo essas 'brincadeirinhas' sem sentido com coisas bem prosaicas como, por exemplo: se o relógio mudar o horário agora é porque eu tenho que sair hoje. Se passar um carro igual ao dele, é porque ele me ama... E por aí vai.

Besteiras de uma pessoa nada supersticiosa, mas que não passa em baixo de escada, foge de gato preto, sempre desvira Havaianas e sapatos, já teve pés de coelho e trevos, tem figas pregadas na sua bolsa e não mexe no Rivotril. Deixa ele quieto.

Beijo, pacote. Mamãe te ama.

2 comentários:

  1. Hahahaha, adorei e me identifiquei completamente! Sou totalmente assim! Neurótica? Não! Somos normais! :)
    Bjs, Patricia

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  2. Caramba, tb me identifiquei! Já pensei muuuito assim...Ahn se eu contar o número de livros da pratileira e se for par, eu vou, se ímpar, não vou...e por aí vai...semana passada mesmo fiz isso! Sempre faço! Somos doidas?!

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