Atenção!

"(...) apesar de ter mergulhado de cabeça nesse misterioso mundo das lesões neurológicas e suas possíveis consequências, não sou médica. Tudo o que coloco aqui são impressões e experiências pessoais. (...) Enfim, não sou uma profissional da saúde, apenas uma mãe muito, muito, muito esforçada em início de carreira".



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Substituição no 1º Tempo

E aí, perereco?!

Então, dei uma sumida porque tivemos que fazer uma substituição importante nessa nova etapa da sua rotina, que inclui o colégio.

Trocamos de mediadora. Demorei pra vir aqui porque foram dias confusos de correria para achar uma outra pessoa e também de muita reflexão.

Não que nossa escolha anterior não tenha sido pensada. Claro que foi. Aliás, alardeei aqui todos os meus pensamentos e a importância da opção feita por uma fisioterapeuta.

Só que com um tempo de rotina escolar, algumas coisas acabaram vindo à tona. E vi que, na prática, o perfil da mediadora/facilitadora escolar é mais específico do que eu achava no início.

Normal. Eu não tinha experiência nenhuma e, apesar de estar sendo assessorada, acho que ainda falta muita orientação nesse quesito. Acontece que o cenário geral hoje ainda não é o ideal e isso acaba fazendo com que os enganos apareçam só com o tempo. O que chamo de cenário geral é toda a 'inclusão' propriamente dita que, por mais que esteja melhorando, ainda é um movimento recente e que ganhou a simpatia e a boa vontade das escolas há pouco tempo. Ou seja, ninguém está expert no assunto ainda. Nem as famílias, nem as escolas, nem as equipes multifuncionais que acompanham a criança. Pelo simples motivo de que muita coisa depende de muita coisa e, na maior parte do tempo, o trabalho de cada ponta desse tripé é feito separadamente quando no melhor dos cenários deveria ser algo totalmente integrado.

Bom, dito isso, o que aconteceu com a gente é que na ânsia de 'resolver' suas questões motoras e de posicionamento, eu deixei mesmo de pensar em questões mais psicológicas, pedagógicas e comportamentais.

O maior dos problemas foi querer encaixar horários que não se encaixavam. Eu sabia desde o início que não daria para você chegar na hora da entrada, mas achei que não tinha problema chegar atrasado. Não pensei - ou não dei tanta importância -  no que isso poderia representar de prejuízo pra você. Como não entrar junto com os coleguinhas; não chegar na sala ainda no clima de 'Bom dia'; não participar das primeiras atividades da manhã... Ou seja, é preciso haver uma total disponibilidade naquele período escolhido para a criança ir ao colégio.

E olha que a tia Miryam Pelosi me alertou quanto a isso desde o início. Mas eu queria tanto estar segura de que haveria alguém lá que sabia te pegar, te sentar... que decidi na época que isso era mais importante.

Outro ponto que vejo agora é que o ideal para esse 'perfil' também inclui idade. Não por nenhum preconceito bobo. Mas pela fase de vida da pessoa. Alguém que esteja começando ainda na carreira está mais condicionada a olhar esse trabalho não só como um benefício à criança, mas também como aprendizado, como estímulo profissional. Faz diferença. A mediação escolar não pode ser apenas um emprego. É saudável e importante que seja uma troca.

Por fim, também cheguei à conclusão de que se a pessoa for da área de educação infantil, melhor ainda. Pelo fato de que antes de estar ali com o seu filho, ela fez a escolha pessoal de estar naquele ambiente cheio de crianças. Isso não garante, mas pré-supõe que a pessoa é alguém paciente, que gosta de crianças, que sabe interagir com elas e tem a chamada 'psicologia infantil' de maneira mais natural que uma outra pessoa que caia de paraquedas na função.

E, assim, com todas essas 'novas' coisas em mente, consegui encontrar a tia Sabrina. A sua atual mediadora era professora do maternal em uma creche no bairro em que mora. Chegamos a ela graças ao engajamento e prontidão da tia Andressa, a auxiliar de turma da sua sala. Ela não tem experiência com outras mediações, mas tem tudo o que a mamãe colocou aí acima. Acho que se a pessoa tiver experiência com mediação, ótimo. Mas o fato é que essa não é uma 'profissão' muito fácil de se achar candidatos. Por isso, tô muito feliz com o encontro da tia Sabrina!

Tem mais ou menos umas duas semanas que ela te acompanha todos os dias e estamos bem satisfeitos. Principalmente porque ela é uma pessoa bem aberta a qualquer ensinamento que eu ou qualquer um da nossa equipe tenha para dar. Outra coisa importantíssima! A pessoa tem que entender que essa é uma tarefa difícil e muito particular. Cada criança terá suas questões e sempre haverá o que aprender! Não pode haver melindragens e dificuldades nesse canal de comunicação entre a família e os terapeutas com a mediadora.

E assim vamos nós! Errando e acertando. Afinal, não é assim na vida de qualquer um?!

Beijoca da mamãe!

chamego já.


sorriso no rosto!








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