mamãe e papai estão bem tristinhos esses últimos dias. Não, não tem nada a ver com você. Nosso pacotinho continua só nos dando alegrias. Mas é que a Lua, a nossa cadelona, está dodói. Na verdade, não é bem dodói. E esse é que o problema...
A Lua é uma pastora alemã enorme, dourada, linda, linda, linda que está com o papai há bastante tempo. Mamãe chegou depois na vida dela, mas foi adotada com todo o amor que um cachorro é capaz de dar. Isso mesmo. Ela me adotou para ser a mamãe dela também. A Lua é uma espécie de sua irmã mais velha, apesar de pela idade, já ter anos suficientes para ser uma outra bisavó sua. Lua está com cerca de 15 anos, não sabemos ao certo. E isso pros au aus é tempo à beça...
Várias vezes achamos que ela não ia aguentar mais muito tempo, mas ela continuou lá firme e muito, muito, muito forte. Lua sempre chamou atenção na rua. Mamãe e papai cansaram de sentir um baita orgulho dela enquanto estávamos passeando e éramos abordados por outros donos de cachorros que queriam cruzar seus filhotes com ela ou simplesmente por gente que queria elogiar a beleza dela em voz alta. Fez muito sucesso a Lua e por bastante tempo. Pena que nunca pôde ser mamãe. Ela teve problemas no sistema reprodutor e precisou tirar as mamas e o útero. Aguentou umas três ou quatro cirurgias sérias, sem pestanejar.
Lua mudou-se do Alto da Boa Vista onde o papai morava antes de conhecer a mamãe para um apartamento pequeno na Urca, quando mamãe e papai foram morar juntos antes de casar, e se adaptou incrivelmente bem. Sempre achamos mesmo fora de sério ela, que nunca havia saído pra passear e estava acostumada a correr num espação, aprender em menos de uma semana a usar coleira; passear na rua cheia de barulhos de ônibus, carros e etc; e ainda que cocô e xixi era do lado de fora. Uma lady a Lua, filhote, sempre foi.


Ainda mais no caso da Lua. Que não tem mais nada. E era a isso que eu me referia no início. Que o problema é justamente esse. Ela não está doente. Não parou de comer, de querer fazer as coisas, não tem nada de errado com nenhum órgão, nenhuma doença mais grave tipo diabetes... Só a perna que não levanta mais. Mas esse 'só' é uma coisa enorme que dói no coração toda vez que a olhamos com carinha de triste por ter feito xixi onde ela sabe que não devia, mas porque não consegue levantar. É muito, muito triste, pacotinho.
Não sabemos mais quanto tempo ela vai aguentar ficar assim e nem mais quanto vai nos doer olhar pra ela incapacitada todos os dias. Estamos fazendo tudo o que podemos. A limpamos o tempo todo, viramos ela de lados diferentes para não machucar ainda mais a pele, procuramos dar comidas mais gostosas para tentar deixá-la alegre...
Tomara que ela não esteja sofrendo muito.
Mamãe não queria te deixar triste. Mas quero que você saiba quem foi a Lua. Então, quis deixar aqui uma espécie de homenagem pra ela. Com muitas fotos lindas, para ficarem na sua e na nossa memória. Pra sempre.
beijo, pacotinho. Tomara que você também ame os animais.

Há tanto coração nesse texto que nos eleva a todos à sintonia que nos ampara em nossas dores.
ResponderExcluirDizem que coração e mente são inseparáveis, pena de capengar, mas sem dúvida o coração é muito mais capaz de pular numa perna só.
"No semblante de um animal que não fala, há todo um discurso que só um espírito sábio é capaz de entender. (Anonimato)".
Oi Adriana, voltei! Deixei recadinhos por aí!
ResponderExcluirSaúde para Lua!
Um beijo
Me lembro quando ela ficou comigo durante a lua de mel de vocês... Eu amei! Na época eu não tinha cachorro! Ai, quando a Lara chegou nós separávamos as duas, porque a Lua não gostava de cachorros. Uma vez alguém deu mole e a Lara escapou, noooossa ela foi direto para a lua, a lua levantou e ela fico literalmente andando de baixo dela... a Lua não fez nada nem rosnou rsrs
ResponderExcluirBeijos
Oh, povo..., que bom que tenho companhia. o melhor nessa história toda, é que eu nunca me sinto sozinha. e isso é muito, muito, importante. me dá força, me dá ânimo.
ResponderExcluirbeijo na ponta do nariz, Tati. pra vc tb tio Dedé. e, Lorena!, minha comentarista nº 1. Vou brincar com a Paula q vc tá deixando ela no chinelo. beijo muito especial. às vezes a gente recebe carinho de onde nem espera. brigada. de verdade.
dri