o tempo passa, a vida anda - amém! - as coisas mudam, evoluem, enfim... essa lenga lenga aqui é pra tentar justificar ou explicar o meu chá de sumiço. Bom, tivemos mesmo um período difícil entre junho e julho em que você emendou uma virose e 'ite' na outra e nós quase descarregamos as baterias. Você e sua irmã ficavam revezando as chatices virosentas. Mas passou!
Há tempos que estamos bem. Só que eu acabei desacostumando um pouco a escrever e o cansaço vem batendo cada vez mais. Você e suas demandas nunca param de crescer. Sua esperteza é divina e por ela, nós fazemos de tudo. Por isso, crescem tarefas, deveres de casa, coisas a serem confeccionadas, compradas... É uma loucura o mundo de possibilidades alternativas que existe e o quanto "perco" ou ganho tempo olhando, descobrindo, escolhendo coisas.
Graças a sua capacidade também física, nossa rotina ficou ainda mais puxada e, enfim, após um ano da mudança para outro bairro, conseguimos organizar sua vida com escola todos os dias pela manhã e mais duas terapias em média à tarde. Ufa!
Junto com isso, sua irmã está cada vez mais linda, esperta e danada. Ela demanda atenção o tempo todo também. E é uma delícia!
Pra completar, voltei a trabalhar num pique um pouco maior. Ainda fazendo a maior parte das coisas em casa, mas com um volume que me faz usar qualquer tempinho vago pra trabalhar... Mas isso está me fazendo muito bem! Tem sido um período muito rico em que estou me sentindo mãe, mulher e profissional.
Difícil? Cansativo? Quase inacreditável? Sim. Mas dou meu jeito. Só que aí algumas coisas realmente estão meio em stand by como o blog, álbuns de fotos, arrumações da casa e armários... Coisas que também amo fazer, mas que agora estão quietinhas. Abandonadas, não! Quietas.
Adoro escrever sobre você, sobre nós, mas estou curtindo outras coisas também legais agora.
O que posso dizer é que hoje você com quase 4 anos, sua irmã com quase 2 e as coisas calmas em nossas vidas, posso dizer sinceramente que me sinto uma mãe normal, igual, comum. Não encaro suas necessidades mais especiais do que a de uma outra criança que tenha algum problema de comportamento, ou uma alergia alimentar, ou um problema pra dormir... Enfim, não acho que você me dê mais trabalho que a sua irmã, por exemplo. Ela tem as questões dela que me desafiam pra caramba também.
É aí que vejo como foi importante tê-la. Ainda que eu não me achasse uma coitada nata, eu ria pra mim mesma dos outros mortais, como se eles não soubessem o que era cuidar de uma criança especial. Hoje, isso mudou muito. É claro que tenho que tomar muito cuidado com o que falo e como falo, é um assunto delicado. Mas estou tentando passar uma impressão pessoal. Não faço diferença mesmo entre as dificuldades que tenho com o gênio e comportamento da sua irmã com o fato de ter que te ajudar motoramente na maioria das coisas. Pra mim, são as necessidades específicas de cada filho.
Claro que só consigo me sentir assim porque estamos longe dos fantasmas das convulsões e coisas graves que pudessem representar risco de morte ou de sequelas muito ruins.
Mas na atual circunstância, nossa vida tem seguido em frente. Com alegrias, dificuldades, viroses, cansaços, vitórias, aprendizado. Somos uma família feliz. Somos uma família. E isso sim é muito especial.
Quem quiser nos ver mais, enquanto não volto com regularidade aqui, fiz uma página pra você no Facebook. Querido Antonio Pedro. Como é mais rápido e fácil, vivo postando fotos e vídeos. Não tem muita coisa escrita, mas dá pra nos acompanhar.
Amor. |
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