Oi perereco, oi pessoal... Mamãe deu uma sumida porque ainda estamos naqueles primeiros dias punks! Mas vamos combinar assim: sempre que eu tiver um tempinho, venho aqui postar algo sobre o início de Marina em nossas vidas, ok?
Vamos começar com o vídeo do parto. A recuperação do parto normal é melhor que a da cesária? Sim. Diria até que a do parto normal é praticamente imediata, mas... ver um filho nascer com tranquilidade, num ambiente de risco controlado e escutá-lo chorar!!!! Isso não tem preço.
E, tirando os dois primeiros dias em que a dor é bem desconfortável e que todos brigam para você não falar ao mesmo tempo em que não param de falar com você, a coisa é bem suportável. Eu adotei uma tática de falar baixo e devagar. Acho que funcionou. Senti dor por gases apenas uma vez no dia seguinte. Fora isso, o sofrimento maior é onde foi o corte mesmo. Arde muito no começo, depois parece que está esgaçando tudo e, por fim, à medida que o tempo vai passando, todos esses incômodos vão diminuindo progressivamente. No primeiro dia, qualquer movimento - até na cama - é dolorido e difícil; hoje - 6 dias depois - já até pego o Antonio no colo um pouquinho. O que ainda não consigo é abaixar até o chão e carregar peso por muito tempo. Mas também, nem pode... Amanhã vou na Isabella fazer a revisão, mas acho que estou me recuperando bem.
Ah! quero falar também da anestesia. É bem diferente. E pior. Talvez seja o que eu mais achei ruim entre um parto e outro. É uma sensação bem estranha, formiga e depois parece que tem o peso de um trem em cima de você. Dá um pouco de enjôo e uma sonolência desconfortável. Fiquei consciente o tempo todo, mas assim, me sentindo meio mal. Depois que a criança nasce e é aquele alívio, ficamos um período grande ainda para ser costurada e limpa. Dá muito nervoso ficar sem sentir as pernas por umas duas horas. Ver as enfermeiras mexendo comigo pra cá e pra lá me fez lembrar de você, Antonio, de como deve ser horrível mesmo depender dos outros para mexer seu corpo... E isso fez a mamãe te admirar ainda mais. Acho que você tem muito com o que lutar todos os dias e nunca demonstra que quer desistir.
Beijo meu guerreirinho. Beijo, pitoquinha.
No dia 09/11/ 2009, nasceu o Antonio Pedro, meu filhote. E, com ele, uma nova Adriana. Por causa de uma asfixia, ele ficou 24 dias na UTI. De lá pra cá, temos vivido um dia de cada vez, aprendendo e ensinando. Por causa da tal asfixia, meu pequenininho teve uma lesão no cérebro, na parte motora. E o tratamento é fisioterapia. Exercício, muito exercício. E amor, carinho, paciência... Já foram muitas batalhas vencidas. A continuação dessa história, pretendo ir deixando aqui. Torçam por nós.
Atenção!
"(...) apesar de ter mergulhado de cabeça nesse misterioso mundo das lesões neurológicas e suas possíveis consequências, não sou médica. Tudo o que coloco aqui são impressões e experiências pessoais. (...) Enfim, não sou uma profissional da saúde, apenas uma mãe muito, muito, muito esforçada em início de carreira".
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